Sexta Livre

“dos Marigo”, fotografias de Luiz Cláudio Marigo e Vitor Marigo
A exposição “dos Marigo” apresenta e combina pela primeira vez aspectos da obra do ambientalista e fotógrafo Luiz Cláudio Marigo (1950 – 2014) e de seu filho, também fotógrafo, Vitor Marigo (1984 – ). Além das fotos, estratégias de permanência e sentimento de prazer na natureza estão presentes através de mapas, vídeos e objetos que enriquecem a chamada cena expositiva.
Luiz Cláudio, com fotos na coleção MASP/Pirelle (2002), no início dos anos 90 foi co-fundador ao lado do zoólogo Marcio Ayres, da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá no Amazonas, foi responsável pela localização da última ararinha azul de Spixii livre na natureza brasileira, causando uma reviravolta na então versão oficial que a considerava extinta. Como educador produziu consciência ecológica com suas fotos através do colecionismo das famosas figurinhas de animais da fauna brasileira que vinham como brinde no Chocolate Surpresa, já nos anos 80.
Vitor é fotógrafo multimídia com especialização em esportes radicais e produtor de expedições em ambientes naturais. Em 2018 foi vencedor da quarta edição do programa de exposições artísticas do Centro de Estudos Brasileiros da Universidade de Salamanca, na Espanha, e participou das coletivas “Ser Carioca” no Centro Cultural da Justiça Federal –RJ / FotoRio (2015), “Linguagens do Corpo Carioca”, Museu de Arte do Rio (2016) e “Natureza que Aflora” Museu de Arte Moderna da Bahia (2017).
No momento em que a fotografia alcança seu auge de amplo domínio prático, esses dois disciplinados fotógrafos, com a complacência dos bons observadores, revisitam e estudam os mesmos espaços com frequência. Por isso costumo dizer que a reserva de Mamirauá e o Parque Nacional de Itatiaia são dos Marigo, assim como o Parque Nacional de Yosemite é do Ansel Adams.
Rogério Reis