Sexta Livre

Imagem Negra | Fotografia e Representatividade
Em comemoração ao mês da consciência negra, o Ateliê da Imagem convida para a apresentação dos trabalhos de Barbara Copque, Heberth Sobral, Marta Azevedo e Thais Alvarenga, com mediação de Daniella Geo. Considerando que a fotografia é um meio fundamental de visibilidade tanto para grupos quanto para indivíduos e que pode ser tratada a partir de diferentes abordagens, neste encontro o foco desta representação será o corpo negro e como este é visto e retratado pelos fotógrafos convidados.
Barbara Copque. Antropóloga, fotógrafa e profa. adjunta da UERJ. Coordenou o grupo de pesquisa INARRA/Imagens Narrativas e Audiovisuais (CNPq-UERJ), coordena o NUVISU/Núcleo de Estudos Visuais em Periferias Urbanas (CNPq-UERJ) e é integrante e co-fundadora do coletivo de artes visuais Negras[fotos]grafias. Publicou livros, artigos, realizou ensaios fotográficos, participou de realização de vídeo etnográfico, de curadorias de arte e de exposições individuais e coletivas em Artes Visuais.
Daniella Géo é curadora e crítica de arte residente na Antuérpia, Bélgica e Rio de Janeiro. Doutora em Estudos Cinematográficos e Audiovisuais pela Sorbonne Nouvelle-Paris III (foco em Fotografia/Arte contemporânea). Foi curadora da 4e Biennale de Lubumbashi, R.D. Congo, da 5e BIP – Biennale internationale de la Photographie et des Arts visuels de Liège e de Black is beautiful, GRID – 3e Internationale Fotografie Biennale, Amsterdã. Entre suas curadorias recentes estão as exposições retrospectivas Charif Benhelima: Polaroid 1998-2012, MAC de Niterói e MON, Curitiba, e Roger Ballen: Transfigurações, fotografias 1968-2012, MAM-Rio, MON, Curitiba, e MAC USP.
Heberth Sobral, natural de Minas Gerais, coloca temas polêmicos do cotidiano em discussão em seu trabalho. Começou sua carreira com fotografia que o levou a ser convidado por Vik Muniz para trabalhar como seu assistente. Hoje utiliza vários suportes – pinturas, desenhos, cédulas e bonecos para construir a sua própria linguagem, sempre voltada para a representação das memórias do cotidiano, comportamento, pensamentos e questões de exclusão social.
Marta Azevedo nasceu e cresceu na cidade do Rio Janeiro. Seu grande projeto intitulado Black Faces lhe rendeu o vários prêmios, publicações e exposições internacionais. Em 10 anos, Marta reuniu fotografias de negros brasileiros e norte-americanos de inspiração assumidamente afro. Na obra também estão presentes elementos ligados à cultura negra e africana, como palha, argila e miçangas.
Thais Alvarenga é fotógrafa documentarista residente da Favela da Vila Kennedy na Cidade do Rio de Janeiro, integrante do coletivo Negras [fotos] Grafias, e uma das fundadoras do Coletivo Crua – Coletivo Criativo de Rua (documenta os Quilombos que vivem na Costa Verde do Estado do Rio de Janeiro) e do Projeto Vivência das Manas, onde trabalha com a parte pedagógica, ensinando fotografia para jovens mulheres periféricas, suas vizinhas na Vila Kennedy. Formada pela Escola de Fotógrafos Populares do Imagens do Povo e Estudante de Comunicação Social, entre 2013 e 2017 teve suas obras expostas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro – MAM, na Biblioteca Parque Rocinha, na Galeria 535 do Observatório de Favelas, no Galpão Bela Maré e em inúmeras instalações em varais fotográficas pelas ruas da cidade.